segunda-feira, 7 de maio de 2012

Nos teus braços



Acordei com uma sensação de vazio. Era saudade.
Eu sou boa em perder tempo. Penso demais. Aliás, por conta disso, um dia enlouquecerei.
No meio desses pensamento estava você, como sempre. Sua mão nas minha costas, me puxando firme, de forma que meu peito colasse no seu; seus olhos me devorando; sua boca no meu pescoço; seu cheiro delicioso; minha mão na sua nuca; sua mão no meu cabelo e eu totalmente desnorteada. Um daqueles momentos em que eu simplesmente esqueço que o resto mundo existe. Simplesmente bom.
E cada vez que fecho os olhos penso nisso. Lembro de você e de nós. Complicado demais, saboroso demais, viciante demais. Um grande problema. Mas um problema que eu me recusava a achar uma solução, mesmo que ela fosse cuspida na minha cara. Taí um problema maior ainda! Até tentei uma solução uma vez, mas acabou que tudo ficou na mesma... Agora acho que o problema pode ter sido eu ficar louca atrás de uma solução. Vou deixar rolar.
Deitei e acabei cochilando. Sonhei com você... sonhei que estava indo te encontrar. A porcaria do celular me acordou. Demorei pra pegá-lo, cheia de raiva e vi que a chamada perdida era sua. Logo em seguida, veio uma mensagem sua, dizendo que estava com saudade e que queria muito me ver. Nossa, como eu fiquei feliz com tão pouco? Gente apaixonada é realmente idiota.
Fui pra sua casa. Quando te vi, um sorriso pulou involuntariamente dos meus lábios. Você também sorriu. Passou a mão pelos meus cabelos longos e castanhos e disse que eu estava linda. Seus olhos transbordavam verdade e muito desejo; quase tanto quanto os meus. Você veio pra cima de mim sem hesitar. Me beijou de uma forma que eu não sabia mais se iria conseguir parar um dia. Uma sensação maravilhosa. Seus lábios descendo pelo meu pescoço, enquanto você abria os botões da minha blusa. Nossa química é absurda. A física é fora do comum. E uma noite pareceu ser muito pouco pra mim. Toda aquela saudade acumulada... sair dos teus braços era quase uma tortura. Eu não quero e eu não vou.